segunda-feira, 25 de maio de 2009

6ª Série - 2º Bimestre

Expansão Marítima Europeia
A partir do século XI, o aumento da população europeia levou à expansão das áreas de cultivo. O comércio renasceu e, com ele, as cidades cresceram e uma nova camada social surgiu: a burguesia.
Os europeus precisavam de metais para cunhar moedas, tão necessárias ao comércio. Além disso, estavam interessados em produtos de luxo, sedas, porcelanas, tapetes, essências e principalmente nas especiarias (pimenta, cravo, canela, noz-moscada, gengibre), usadas para conservar os alimentos. Esses produtos eram trazidos pelos árabes da região produtora no Oriente, as Índias, até os portos do Mediterrâneo e vendidos aos comerciantes de Gênova e Veneza. Como essas cidades italianas tinham o monopólio do comércio mediterrâneo, vendiam os produtos de luxo e as especiarias a preços exorbitantes, obtendo altos lucros. Esse lucro despertou o interesse da burguesia e de muitos governantes europeus, principalmente de Portugal e Espanha.
Os portugueses, habituados com o mar e contando com uma burguesia interessada em se expandir, foram os primeiros a se lançar ao mar, em busca de uma nova rota marítima para as Índias.
Esse empreendimento foi também possível porque, ao lado do interesse político e econômico, houve o aperfeiçoamento de técnicas que facilitavam a navegação a longa distância: o astrolábio, a bússola, as cartas de navegação mais elaboradas e a caravela.
O interesse pelo comércio dos produtos de luxo e pelas especiarias, a necessidade de quebrar o monopólio das cidades italianas no mar Mediterrâneo, a procura de um novo caminho marítimo para as Índias, a escassez de metais preciosos na Europa, a aliança entre o rei e a burguesia, buscando a centralização do poder, a valorização do comércio e o progresso técnico e científico foram fatores que favoreceram a expansão marítimo-comercial da Europa.
Esse movimento é também conhecido como as Grandes Navegações.
Continua...

Reformas religiosas
No século XVI, a Igreja Católica viu-se ameaçada por movimentos separatistas que levaram boa parte da população europeia a abandonar o catolicismo. A essa ruptura da unidade religiosa dá-se o nome de Reforma ou Reforma Protestante. Ela foi iniciada na Alemanha, por Martinho Lutero.

A Reforma foi um movimento de caráter religioso, político e econômico, fruto das novas condições que caracterizaram a época moderna. A Igreja Católica atravessava uma situação de crise em sua organização. Durante longos períodos, os papas se preocupavam mais com as coisas materiais do que com os problemas religiosos. Inclusive, intervinham em questões políticas dos países.
Além , havia o despreparo de muitos clérigos, que tinham conseguido seus cargos de maneira irregular, o afastamento dos bispos de suas dioceses, o não-cumprimento do voto de castidade e a venda de relíquias religiosas falsas e de indulgências.
Uma indulgência é o perdão, em parte ou na totalidade, do castigo temporal do pecado. Inicialmente, esse perdão era conseguido por meio de ações caridosas, preces e participação nas lutas para combater os infiéis. Mas a Igreja, pretendendo angariar dinheiro, passou a vender indulgencias por vultosas quantias.

Durante toda a Idade Média, a Igreja Católica foi a única instituição centralizada e que controlava a sociedade europeia, mantendo-a unida pelo pensamento cristão. Porém, o desenvolvimento do comércio, o renascimento da vida urbana, a centralização política e o fortalecimento do poder dos reis, além do humanismo, alteraram essa situação.
Muitos governantes não mais admitiam a interferência do papa nos negócios do estado. A burguesia não aceitava a condenação da usura pregada pela Igreja. Havia também o desejo de muitos príncipes e reis de se apossarem das terras e riquezas da Igreja e o ressentimento contra os tributos impostos pelos papas.
Luteranismo
Martinho Lutero (Alemanha) - sua Igreja defendia:
*Justificação pela fé - apenas a fé em Deus assegurava a salvação do homem.
*Dois sacramentos - batismo e eucaristia (comunhão)
* Livre exame da Bíblia ou livre interpretação
Lutero negava a hierarquia clerical, o celibato e a infalibilidade do papa. Defendia a simplificação do ritual religiosos, o não uso de imagens, a secularização(não religioso) dos bens eclesiásticos e a substituição do latim pelo alemão nos cultos.

Vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=kbSHK3Tvxnw
http://www.youtube.com/watch?v=W-fSz4GYRcU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=glRqTSsu7FQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=IUH-5SNZvkI&feature=related

Calvinismo
As idéias de Lutero influenciaram outros movimentos contra a Igreja Católica. Na Suíça, João Calvino propagou sua doutrina que defendia:
* a salvação não depende da fé ou das obras, mas o homem já nasce predestinado à salvação ou à condenação;
* a aceitação da Bíblia como única fonte da verdade;
* a exclusão do culto aos santos e às imagens;
* o combate ao celibato clerical e à autoridade papal;
* a manutenção dos sacramentos do batismo e da eucaristia;
* a justificativa da usura ( lucro gerado da cobrança de juros).
A doutrina teve grande aceitação entre os burgueses, pois valorizava o trabalho e a riqueza.

http://www.youtube.com/watch?v=Al-o_em-XWQ

Anglicanismo
Na Inglaterra, o rei inglês Henrique VIII e o papa Clemente VII romperam relações. O rei queria que o papa anulasse seu casamento com Catarina de Aragão para poder desposar Ana Bolena. Como o papa se recusou, o rei reuniu um tribunal composto de bispos ingleses que aprovou o matrimonio real.
Henrique VIII foi excomungado pelo papa e, em 1534, o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, pelo qual o monarca era reconhecido como o único chefe da Igreja na Inglaterra.
A reforma inglesa, ao contrário das de Lutero e Calvino, não foi radical, pois respeitou as normas e os rituais da Igreja Católica, negando apenas a autoridade do papa.

Vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=olRHts5CxCg

Reforma Católica
O êxito das oposições reformistas deu origem a uma decidida reação da Igreja Católica, que se lançou a combatê-las com a finalidade de destruí-las e de impedir que pudessem prosperar novas correntes consideradas heréticas (contrária a religião Católica). Essa reação da Igreja é conhecida como Contra-Reforma ou Reforma Católica.
Com a convocação do Concílio de trento a Igreja fez sua reforma:
* reafirmou que a salvação depende da fé e das ações da pessoa;
* impôs que a interpretação da Bíblia deveria ser feita pela Igreja;
* manteve os sete sacramentos, o celibato clerical, a indissolubilidade do matrimonio e o culto aos santos;
* criou seminários, para melhor formar os sacerdotes;
* determinou a publicação de um resumo da doutrina cristã: o catecismo.
Outras medidas foram a elaboração do Index, uma lista de livros proibidos aos católicos, e o restabelecimento dos tribunais da Inquisição, cuja finalidade era reprimir as heresias (atos contra a Igreja Católica).
Para o sucesso da Reforma, foi de grande importância a participação dos padres jesuítas. A Companhia de Jesus, ou Ordem dos jesuítas, foi fundada por Inácio de Loyola e atuou no setor educacional, destacaram-se na luta contra o protestantismo e dedicaram-se à conversão de grande parte dos povos indígenas do continente americano, na época recentemente descoberto, ao catolicismo.

Renascimento
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650.
Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica.
O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.
Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.
Características gerais: * Racionalidade * Dignidade do Ser Humano (Antropocentrismo) * Rigor Científico * Ideal Humanista (Hedonismo) * Reutilização das artes greco-romana (Classicismo)

Vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=slOvjQi-Lps
http://www.youtube.com/watch?v=qyJ_s8D8VoU
http://www.youtube.com/watch?v=iKW8ytgWamE

8 comentários:

  1. oi professora ! esse resumo que vc fez me ajudou bastante
    espero eu faça uma boa prova!

    beijos larissa corsino!

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  2. Oi professora esse resumo é muito bom!!
    beijos Bárbara Virgínia

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  3. Oi Patrícia!!
    To imprimindo tudo o que vc tem postado aqui... Estou me dando bem estudando com seus resumos... (é assim msm, daqui a pouco rola namoro entre eu e os resumos e dps a gente casa... Hehee')
    Te Adoro
    Beijo
    Carol - 6A

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  4. Oi!
    Gostei do resumo.Está me ajudando muito.
    Beijos Gabi

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Patricia,muito obrigado,me ajudou bastante
    Ighor Prado-6ªD

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  7. Tia Patt. muito obrigada,li muito os resumos e vi os videos, acho que eu vou bem na prova :)

    Fernanda Lourenço - 6ªC

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  8. profª patt, muuito obrigado, os resumos me ajudaram muito a entender a matéria

    Douglas de Freitas - 6ªA

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